1. O concreto é o material mais utilizado no mundo depois da água
É verdade! O concreto (ou betão, em Portugal) é o segundo material mais consumido globalmente, perdendo apenas para a água. É usado desde a Roma Antiga, e algumas das suas construções (como o Panteão) ainda estão de pé até hoje! Estima-se que mais de 10 mil milhões de toneladas de concreto sejam produzidas anualmente em todo o mundo. Mas o que torna este material tão indispensável?
O uso do concreto remonta à Antiguidade, em particular ao Império Romano, onde já se usavam misturas de cinza vulcânica, cal e água para criar estruturas incrivelmente duráveis. O Panteão de Roma, com a sua icónica cúpula de concreto não armado — ainda de pé após quase dois milénios — é um testemunho impressionante da longevidade e engenhosidade dessa técnica ancestral.
A resposta está na versatilidade, resistência e acessibilidade do material:
2. As pirâmides do Egito foram construídas com uma precisão surpreendente
As Pirâmides de Gizé, especialmente a Grande Pirâmide, foram construídas com uma precisão que até hoje intriga engenheiros. As pedras chegam a pesar toneladas, e mesmo com a tecnologia da época, os alinhamentos com os pontos cardeais são quase perfeitos.
O mais espantoso é que:
Ainda não existe um consenso absoluto sobre os métodos utilizados para mover e posicionar pedras tão gigantescas com tamanha precisão, sobretudo com os meios tecnológicos disponíveis na época. As principais teorias sugerem o uso de:
No entanto, nenhuma dessas teorias explica completamente a exatidão matemática e a perfeição dos acabamentos observados, o que abre espaço para muito estudo, especulação e admiração.
Embora tradicionalmente vistas como túmulos reais, há quem acredite que as pirâmides tinham também funções astronómicas, religiosas ou simbólicas. A disposição das três pirâmides principais, por exemplo, parece refletir o alinhamento das estrelas do cinturão de Órion, o que levanta hipóteses sobre o conhecimento astronómico dos antigos egípcios.
A construção das pirâmides continua a ser um marco de engenharia e logística. Mesmo hoje, com toda a tecnologia moderna, reproduzir uma estrutura da mesma escala e precisão seria um desafio formidável.
3. O Burj Khalifa pode “crescer” e “encolher”
O arranha-céu mais alto do mundo, em Dubai, pode expandir e contrair cerca de 5 a 15 centímetros por causa das variações extremas de temperatura no deserto. Isso acontece devido à dilatação térmica dos materiais.
O Burj Khalifa, com os seus impressionantes 828 metros de altura, está localizado no deserto de Dubai, onde a temperatura pode variar drasticamente entre o dia e a noite — chegando a ultrapassar os 45 °C durante o dia e caindo bastante durante a madrugada.
Essas variações térmicas fazem com que os materiais da estrutura, principalmente o aço e o betão, sofram dilatação térmica — um fenómeno físico onde os materiais se expandem com o calor e contraem com o frio.
Apesar de parecer preocupante, isso foi totalmente previsto no projeto estrutural. Os engenheiros calcularam esses movimentos e incorporaram juntas de dilatação e materiais capazes de suportar essas mudanças sem comprometer a segurança.
O Burj Khalifa também balança ligeiramente com o vento — pode oscilar até cerca de 1,5 metros no topo! Mas essa oscilação é controlada com design aerodinâmico e sistemas de amortecimento, para que as pessoas lá dentro nem percebam.